No entanto, 70 delas foram classificadas como reações alérgicas como hipersensibilidade imediata (28), reações locais como vermelhidão e coceira (11), de urticária ou cutâneas (10) e efetivamente 16 com sintomas mais graves como diarreia, manifestação pulmonar como broncoespasmos e tosse, e chegando à anafilaxia em três destes casos. 671m3s

Eder Gatti Fernandes, diretor do departamento do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, explicou que as reações por anafilaxia foram rápidas e não necessitaram de atendimento hospitalar de emergência.

“Todas essas reações são de curto intervalo de tempo após a vacinação, ou seja, a média é de 10 minutos. Todas tiveram o devido acolhimento, foram atendidas e evoluíram para a cura, não houve hospitalizações. Ou seja, são casos que se resolvem imediatamente”, ressaltou.

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Ainda segundo Fernandes, os casos foram registrados tanto nas aplicações feitas pelo SUS como nas clínicas privadas. Ele explicou que variaram entre as faixas etárias, sendo o mais novo com quatro anos de idade e o mais velho com 21 anos, em diversos municípios e sem ter um ou outro lote específico da vacina.

Duas das reações aconteceram em Dourados (MS), com crianças de 4 e 6 anos de idade logo no início da campanha, e que se recuperaram sem sequelas, segundo a pasta. “O aumento de anafilaxias não foi visto inicialmente nos ensaios clínicos [da vacina]”, explicou o médico Julio Croda, da Câmara Técnica de Imunizações, que afirmou que o ministério está acompanhando.

Apesar de considerar baixo o número de casos de reação à vacina, o diretor do PNI afirmou que mais registros podem ocorrer devido à falta de notificações em tempo real, já que muitas unidades de saúde carecem de conectividade. Os dados podem demorar até dois meses para chegarem ao ministério, disse.

Os casos levaram o comitê de farmacovigilância do ministério a elaborar uma nota técnica (veja na íntegra) para comunicar o que aconteceu e fazer recomendações, como questionar se a pessoa que vai receber a vacina tem algum histórico de alergia, que aguarde de 15 a 30 minutos na unidade após a aplicação para verificar se terá alguma reação, aplicar em um local que tenha condições de prestar a assistência necessária, e evitar a vacinação concomitante.

“Para o Ministério da Saúde, ela é considerada uma vacina segura e eficaz. A estratégia continua, o sistema de farmacovigilância continua analisando os dados e continuaremos com a nossa vigilância”, completou.

Ainda segundo a pasta, a atual campanha de imunização não visa acabar com a atual epidemia em andamento no país, que já atinge 9 estados. Mas, proteger as crianças e adolescentes no longo prazo.

“É um primeiro o para a proteção da população brasileira que se inicia conforme recomendação da OMS nessa faixa etária de 10 a 14 anos”, explicou Nereu Henrique Mansano, assessor técnico do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).